SOPA PARAGUAIA - A SOPA QUE NÃO É SOPA

Quem não conhece pode ter certeza que vai estranhar e se surpreender. A imagem ao lado é de uma sopa, isso mesmo, é a imagem da Sopa Praguaia.

Se você é de Mato Grosso do Sul, provavelmente já conhece, no entanto imagine uma pessoa que não conhece a cultura sul-mato-grossense nessas duas situações:

1- Você chega à Campo Grande em uma noite fria e o anfitrião convida você para comer uma Sopa Paraguaia, ao servir a mesa ele coloca garfo e faca, é no mínimo estranho, né?

2- Tardezinha, passeando pela cidade de Campo Grande num calor imenso e te oferecem Sopa Paraguaia, qual seria a sua resposta? Acredito que seria algo como “Você tá doido, tomar sopa nesse calor?”.

A verdade é que a Sopa Paraguaia (também conhecida com o nome de Chipa Guazú ou Chipa Guasú no Paraguai) de sopa só tem o nome mesmo, pois se aparenta mais com um bolo salgado ou um suflê feito de milho, queijo e cebola. É comum se comer a Sopa Paraguaia em época de festa junina e em Corumbá também comum comer no Domingo de Páscoa. Existem várias explicações para este salgado ser chamado de sopa, algumas das teorias são:

1ª Teoria - em meados de 1800 a cozinheira do ditador Carlos Antônio López errou a receita de uma sopa e deixou cair muita farinha de milho na panela e quando chegou a hora de servir o jantar levou a travessa de torta à mesa ao invés da sopa, outros dizem que a receita originalmente era realmente uma sopa, mas a cozinheira distraída esqueceu de desligar o fogo e a sopa acabou solidificando.

2ª Teoria - A sopa foi criada durante a Guerra do Paraguai (1865/70), a receita originalmente era uma sopa, mas pela dificuldade de transporte foram acrescentados outros ingredientes deixando-a mais sólida.

3ª Teoria - É apenas uma confusão entre paraguaios e brasileiros, sendo que o termo “sopa” para os paraguaios residentes na fronteira com Mato Grosso do Sul, significa torta, e o que nós brasileiros chamamos de “sopa” eles chamam de “ensopado” ou "caldo".


A RECEITA:

Como muitas das grandes receitas, aparentemente a Sopa Paraguaia também nasceu por um acidente, é muito saborosa e bem simples de ser feita:


PREPARO:

-500g de flocos de milho pré-cozidos
-1 litro de leite morno
-6 espigas de milho verde
-4 ovos
-3 colheres (sopa) de margarina
-1/2 xícara de óleo
-5 cebolas cortadas em rodelas
-sal a gosto
-fermento químico
-1 queijo de minas inteiro ralado (aproximadamente 1kg)


PREPARO:

Refogue as cebolas na margarina e no óleo e bata no liquidificador com os ovos e o milho verde. Reserve. Ferva o leite, leve em recipiente grande os flocos de milhos e acrescente o leite e misture. Depois acrescente a mistura do liquidificador.

Misture bem e acrescente a metade do queijo ralado, o sal e o fermento químico. Jogue o restante do queijo por cima. Unte a forma com óleo e leve para assar.

Categoria: Torta/Bolo salgado
Comida Típica: Paraguaia/Brasileira
Tempo de Preparo: De 40 minutos até 1 hora
Tipo de Preparo: Assados
Rendimento: 8 porções
Dica importante: É bom assar em fôrma grande para o bolo ficar com o tamanho pequeno, pois se não a receita não fica bem assada.

Então se você não é de Mato Grosso do Sul, já sabe, Sopa Paraguaia é um prato que se come (uma espécie de bolo salgado) e não se toma.



VÍDEOS COM RECEITAS DE SOPA PARAGUAIA:

Fotos: Felipe Mesquita
Vídeos: Emissora MS Record

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O Blog MorenaCult é um projeto criado pelos publicitários Felipe Mesquita, Marina Pontes e o Jornalista Ricardo Capiberibe e tem como objetivo apresentar textos referentes a cidade de Campo Grande com uma visão diferente, unindo cultura, curiosidade, história e turismo. Para que todos possam conhecer um pouco, escrevemos algumas partes importantes da história da Cidade Morena.

A História da cidade tem início no dia 21 de junho de 1872, quando José Antônio Pereira chega a região denominada Mato Cortado na união dos córregos Prosa e Segredo, local esse que hoje representa o Horto Florestal.

Pereira volta a Minas Gerais após erguer seu rancho para buscar seus familiares. Em 1875 José Antônio Pereira faz novamente uma viagem retornando com 61 pessoas, 11 carros de boi, cavalos e gado. Logo após a sua volta José Antônio Pereira fundou do Arraial de Santo Antônio de Campo Grande. o dia 04 de março de 1878 é inaugurada a primeira Igreja Católica dedicada a Santo Antônio.

O primeiro estabelecimento comercial só veio aparecer em 1887 localizado na rua velha, atualmente conhecida como a Rua 26 de agosto. Em 1889, o arraial ganhou a primeira escola e foi elevado a Distrito. Arraial de Santo Antônio de Campo Grande foi elevado a município e seu nome foi simplificado para apenas Campo Grande no dia 26 de agosto de 1899, Campo Grande estava neste momento desmembrando-se do território de Nioaque e assim nasceu o cidadão campo-grandense.

Já no século XX, no ano de 1904, surge a notícia da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, cinco anos mais tarde a cidade começou a desenvolver sua área urbana, foram criadas as ruas Afonso Pena (atual 26 de agosto), 7 de setembro, 15 de novembro, e a Avenida Marechal Hermes (atual Avenida Afonso Pena). Outras ruas também faziam parte deste projeto de evolução da região urbana. Foi também nesta época a criação da praça entre a Avenida Marechal Hermes e a rua 15 de novembro, que atualmente se encontra a Praça Ary Coelho.

No ano de 1912 foi criada a primeira escola do município, o Instituto Pestalozzi. No ano seguinte, iniciam-se as obras dos primeiros quartéis. Em 1914 os trilhos da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil chegam a Campo Grande, junto com o primeiro trem, em 28 de maio e a inauguração oficial da Estação Noroeste do Brasil em 14 de outubro, foi este período que marcou o futuro e o progresso da cidade. Com o movimento da estrada de ferro surgem grandes lojas, hotéis, bares, restaurantes e cinemas.

A primeira Igreja Batista veio a surgir em 1917, no ano seguinte foi instalado o sistema telefônico na Rua 14 de Julho próximo à Avenida Afonso Pena. De início funcionou com 20 telefones ligados a uma central.

No dia 23 de agosto de 1933 foi inaugurado o Relógio da Rua 14 de Julho, no ano seguinte é criado o Centro Espírita Discípulos de Jesus na Rua Maracajú, mesmo ano que a “Liga Sul Matogrossense”, encaminhou ao congresso Nacional Constituinte um documento com mais de 13 mil assinaturas com o pedido de criação de um Território Federal ou Estadual independente na região sul do Estado de Mato Grosso.

O desenvolvimento e progresso de Campo Grande foram estimulados pela efetivação de obras públicas de grande porte, destacando-se pavimentação asfáltica de suas principais ruas; abastecimento de energia elétrica com interligação ao sistema CESP; modernização do sistema de comunicação urbana e interurbana, do transporte aéreo e pavimentação asfáltica do sistema rodoviário interestadual. Um exemplo foi em 1940 quando o Governo Federal adquire as terras para a Construção da Base Aérea que foi inaugurada quatro anos mais tarde.

Nos anos 50 Campo Grande ganhou dois distritos, o distrito de Rochedinho em 1953 e o distrito de Anhanduí 1958. O Grande marco de Campo Grande foi em 11 de outubro de 1977 quando foi confirmado em Brasília a Lei Complementar n.° 31, criando o Estado do Mato Grosso do Sul onde o Artigo 3º nomeia a cidade de Campo Grande a Capital do Estado. Mato Grosso do Sul foi instalado no dia 01º de janeiro 1979. Após esse Marco, Campo Grande passou apresentar uma nova era de progresso envolvendo a expansão urbana, desenvolvimento social, cultural e política.

O desenvolvimento de Campo Grande, após deixar de ser apenas um distrito foi grande, no ano de 1922 já possuía mais de 8.000 habitantes. Mas foi somente depois que se tornou Capital de Mato Grosso do Sul, que Campo Grande começou a ter um elevado crescimento populacional.

Em 1980, três anos depois de decretada capital do Estado de Mato Grosso do Sul, a população representava 291.777 habitantes, com seu crescimento e desenvolvimento em 1991 a população chegou a 526.126 habitantes, em 1996 a cidade chega 600.069 habitantes e em 2003 passa a ter 705.975 habitantes. Atualmente, de acordo com pesquisa de 2007, a cidade possui 724.638 mil habitantes. A área territorial da cidade é equivalente a 8.096,05 km².

Por causa de sua terra roxa ou avermelhada, Campo Grande recebeu o apelido de Cidade Morena. Hoje Campo Grande tem sua economia voltada para o comercio, serviços e atividades agropecuárias. Possui cerca de 7.850 estabelecimentos comerciais, 791 indústrias, 448 instituições de educação infantil, ensino fundamental e médio e 9 instituições de ensino superior. A taxa de alfabetização da população acima de 10 anos é de 94,6%


Fontes:

MARQUES, Rubens Moraes da Costa. Trilogia do Patrimônio Histórico e Cultural Sul-Mato-Grossense, Campo Grande, UFMS, 2001, vol.2.

http://www.assomasul.org.br/

http://www.ibge.gov.br/

www.pmcg.ms.gov.br