quarta-feira, 15 de julho de 2009

Minha história de amor por Campo Grande


Campo Grande, cidade Morena...

Para mim, tudo começou em meados de 86, quando junto com minha mãe, vim para cá recomeçar nossa vida. Foi amor à primeira vista. Mesmo pequena, sabia que aqui era meu lugar. Com todo respeito a São José do Rio Preto, minha cidade natal, Campo Grande é minha grande paixão. Não sei se foram as avenidas largas, as inúmeras árvores ou esse jeito de ser que só a morena tem. Aqui me instalei. Até mudei de cidade, mas sempre aqui no estado: Mato Grosso do Sul, DO SUL, entendeu? Se você é daqui vai entender... E se adotou essa terrinha assim como eu, também.

Mas vir para cá não foi tarefa fácil... Campo Grande era pouco conhecida e para muitos da família, aqui não passava de uma grande fazenda: “O que vão fazer lá no meio do mato?” Mas foi no meio desse “mato” que eu cresci; um pouco; troquei de colégio mil vezes, conheci as pessoas mais maravilhosas que existem, fiz faculdade, me formei, enfim, foi aqui me tornei a Marina.

A Marina que aturou por muito tempo as piadinhas dos primos paulistas: “Mas lá tem internet”, “É verdade que só tem índio lá?” ou “ Seu animal de estimação é um jacaré?”

No começo eu me irritava, minha vontade era esfregar na cara deles como Campo Grande era de verdade. Ainda com um jeitinho de interior, mas com tudo que uma capital deve ter. Lógico que tinha internet! Que pergunta! E índio tem sim, mas não é só índio... Índios inseridos na sociedade. Aliás, renegar o passado é burrice e total falta de respeito. Animais silvestres temos também, mas claro, temos um Pantanal logo ali, e talvez isso desperte uma pontinha de ciúmes deles... Lembro do meu pai inconformado pela minha escolha: “Lá só tem droga, sempre vejo na TV as apreensões” Mas logo aprendi a dar uma resposta que o fazia ficar sem palavras: “Pai, desculpa se nossa polícia é eficiente, não temos culpa de sermos vizinhos do Paraguai, nossa fronteira fica muito exposta, mas essas apreensões que você vê só demonstram a eficiência de nossa polícia, e lembrando que a droga apreendida estava vindo para cá, São Paulo.” Pronto, o assunto mudava rapidinho.

Claro que a cidade não é perfeita... Guarda ainda um ar bairrista que muito me incomoda. Tem muito que melhorar, na política, na economia, no turismo e principalmente nas pessoas. Mas claro que se fosse perfeita, não seria Campo Grande.

Sou suspeita para falar, mas todos que por aqui passam se apaixonam. Não tem como ser diferente.Mesmo sem muitos shoppings, mesmo sem muitas baladas (pelo menos é o que diz a oposição), mesmo com os altos índices de acidentes no trânsito (em algum ranking tínhamos que estar), mesmo com o clima quente, seco e temperamental, mesmo com os altos impostos, mesmo que nos confundam com nossos vizinhos cuiabanos, mesmo sem a Copa. É... Não deu. Mesmo assim, Campo Grande ainda se torna especial, cidade apaixonante. Me faz ter certeza que fiz a escolha certa ao vir para cá. Me faz lutar para essa Morena ser conhecida e reconhecida, por levar o seu nome e o do Estado, Mato Grosso do SUL, por onde eu for. Sempre.

Assinado: uma paulista sul-mato-grossense.



segunda-feira, 13 de julho de 2009

Rock em Campo Grande - Bares e Bandas


Como já dito aqui anteriormente, o rock, assim como o blues, possui seu espaço, pequeno, mas com um público fiel. Os dois principais espaços para apresentações de rock são o Bar Fly e o 21 Bar e Lazer. Além desses existe ainda outros como Toca Espaço Bar e Posto do Cantinho do Prosa.

O 21 Bar e Lazer localiza-se no início da Avenida Ceará, próximo a UNIDERP (Universidade Para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal), não muito distante do Shopping Campo Grande. O 21 Bar possui três ambientes, o primeiro é salão coberto com palco para apresentações musicais o segundo é externo, parcialmente coberto, local onde as pessoas se encontram para jogar sinuca, assistir jogo quarta-feira. O terceiro é o estacionamento que apenas em grandes eventos é fechado e montado um palco para show. O bar foca em shows de Rock, Reggae, Blues e Pop. Só há ingresso nos finais de semana e véspera de feriado que são os dias com apresentações musicais e quarta-feira, quando tem jogo, é cobrado uma taxa de entrada após as 21 horas. O preço da entrada é acessível, normalmente entre R$7,00 a R$15,00.

O Bar Fly não fica muito distante do 21 Bar e Lazer, localiza-se em frente da UNIDERP em uma rua paralela a Avenida Ceará. A diferença é que o Bar Fly é considerado um bar underground, voltado apenas para rock, blues e metal, em algumas noites rola o famoso strip-rock (strip-tease ao som de muito rock’n roll). O bar possui dois ambientes, ambos cobertos. O primeiro ambiente, no piso superior, é aberto de terça à domingo. Possui um pequeno palco para apresentações musicais e várias mesas de sinuca. O segundo ambiente, no piso inferior, abre nos finais de semana e feriados, possui um grande salão, um palco e um bar no fundo. O Ingresso para entrar é de R$ 3,00 à R$15,00.

O Toca Espaço Bar localiza-se fora da área central de Campo Grande, na BR 163 no Parque dos Poderes. O Toca é um local mais eclético, contudo o foco do bar é o a Disco Music, Dance e o Pop. Foi no Toca Espaço Bar a realização do primeiro grande festival de rock regional de Mato Grosso do Sul. Foram 33 bandas de blues, metal e rock de diversos estilos divididos em três dias.

O Posto Cantinho do Prosa (também conhecido com posto dos altos da Av. Afonso Pena) É um posto de combustível que no fim de tarde dos finais de semana torna-se um ponto de encontro de motociclistas e roqueiros. O Cantinho do Prosa fica nos fundos do posto, onde há um espaço para apresentação de bandas do gênero Rock’n Roll e Blues. O Cantinho do Prosa conta ainda com uma conveniência.

Hoje dia do rock, o post não podia ser diferente. VIVA O DIA DO ROCK!


Lista de artistas musicais de Mato Grosso do Sul:

ALMIR SATER
ASTRONAUTA ELVIS
BARULHO ZEN
BEATLES MANÍACOS
BÊBADOS HABILIDOSOS
DANIEL FREITAS
DELAY
DIMITRI PELLZ
DUMATTU
FACAS VOADORAS
FILHO DOS LIVRES
FOOGHA
HAIWANNA
HELLRAISER
HOLLYWOOD COWBOYS
IN-DEPENDENCE
JENNIFER MAGNÉTICA
JOE CAPILÉ E BANDA
KATÁSTROFE
KAYOÁS
K-NOIZ
LOS ROCKANALHAS
LUTANO
LYNX
MARCIO DE CAMILLO
MUCHILEIROS
O BANDO DO VELHO JACK
O CARA E A VELA
OLD BARREIRO
OLHO DE GATO
OVERMIND
PLEBHEUS
PRIVÊ
QUARTETO AMEBA
RENEGADOS DO BLUES
REPÚBLICA 5
REPÚDIO CxGx
REVOLT
RIVERS
SINGING SOUL BLUES
S. JUNIOR
SCOTCH & BLUES
THE ROCKFELLER
THRASHED
TRAQUINAS PUNK ROCK
VIRTUOSE
WARGODS
WORM SOUP
ZUKA


Fontes:
www.recantodasletras.com.br/e-livros/1342661
www.overmundo.com.br


Imagens:
Felipe Mesquita
Divulgação - TOCA (impresso)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A MÚSICA EM CAMPO GRANDE - MS


Quem mora em Campo Grande sabe que atualmente quando se fala em música sul-mato-grossense é sinônimo de falar que é sertanejo e violada. Duplas de sucesso como Thúlio e Thiago, Maria Cecília e Rodolfo, Gilson & Junior, João Bosco e Vinícius, Jads e Jadson, sem esquecer dos grupos com a influência gaúcha como Grupo Tradição, Zíngaro, Alma Serrana são sucesso na Cidade Morena.

Outros, mais antigos, irão lembrar também de grupos, cantores e compositores apaixonados pelo pantanal como Família Espíndola, Almir Sater, Paulo Simões, Grupo Acaba, Arara Rara. No entado ainda há muita influência dos ritmos regionais e de fronteira como o chamamé, polca e a guarânia. Além do regional e do sertanejo, outros gêneros musicais também possuem um bom público em Campo Grande. São eles: Eletrônico, Rock, Blues e Reggae.

O Sertanejo possui maior público em Campo Grande, os motivos, são vários, os principais são: O gênero considerado como novo Sertanejo, denominado de Sertanejo Universitário, já é um gênero muito conhecido e muito executado pelas rádios locais; Há um grande volume de público jovem em shows, e como o nome já diz o público é em sua maioria universitário; Mato Grosso do Sul possui um grande número de duplas sertanejas espalhadas por todo Estado que vem para fazer shows não só em Campo Grande, mas também no interior de São Paulo, Minas Gerais, Parana e Goiania, deixando-os com mais prestígio na região; Além de grande volume de duplas, em Campo Grande há um farto espaço para apresentações de duplas sertanejas; sem esquecer que boa parte da economia gira em torno do agronegócio o que leva mais pessoas ouvirem sertanejo por ser uma música rural. Resumindo tudo é favorável para que o sertanejo seja o principal gênero musical de Campo Grande.

Os gêneros regionais e de fronteira são sempre lembrados pela belas e antigas músicas, mas não possuem a mesma aceitação. Estes são sempre lembrados para o público jovem em versões como “Mochileira” com Filho dos Livres (Geraldo Rocca) ”Trem do Pantanal” (Paulo Simões / Geraldo Rocca) e “Cavaleiro da Lua” (Almir Sater) com O Bando do Velho Jack ou nas raras apresentações de Almir Sater e Família Espíndola na cidade.

No Segundo e quarto domingo do mês acontece o Som da Concha, na “Concha Acústica Helena Meireles” que fica no Parque das Nações Indígenas, um projeto da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) que leva duas atrações da música sul-mato-grossense, principalmente pop, rock, blues, reggae, sempre uma banda de abertura e outra principal.

No primeiro domingo de cada mês a FCMS monta um palco na arena de shows do Parque das Nações Indígenas para receber uma atração nacional e uma regional no projeto MS Canta Brasil, sendo que cada mês a atração nacional vem de um Estado diferente.

Recentemente um novo projeto da Fundação de Cultura de Campo Grande (FUNDAC) também faz algo semelhante chamado Pôr do som, realizado na “Concha Família Espíndola” na Praça do Rádio todo terceiro sábado do mês com apresentações musicais. Os projetos Som da Concha, Pôr do Som e MS Canta Brasil são atrações com entrada gratuita.

A música eletrônica é um gênero musical bem forte em Campo Grande, mas já teve mais espaço com as extintas boates Mister Dan, Limit, D-Edge, teve também a “Organic” uma das primeiras raves no Brasil. Hoje os principais locais são: Garage, Tozen, Tango e Toca Espaço Bar. O Garage faz o maior evento de Música eletrônica de Campo Grande que se chama Garage Stadium realizado no Estádio Morenão. Os principais Djs de Campo Grande são André X, Bruna Moura, Márcio Casagrande, Thiago Queiroz, Danilo Bachega, Marquinhos Espinosa. Campo Grande continua sendo uma das principais cidades-alvo dos DJs internacionais.

O Rock, Blues e Reggae não possuem muito espaço, no entanto o público está sempre presente. Locais como Bar Fly, 21 Bar e Lazer são os preferidos pelos jovens seguidores deste gênero. Campo Grande tem grande bandas de rock como Bando do Velho Jack (finalista do Skol Rock), Olho de Gato, Kayoás, Muchileiros, Filho dos Livres, Jerry Espindola e Croa entre outros.

Campo Grande sempre teve grandes shows de ícones do metal, rock e pop nacional como Skank, Sepultura, Pitty, Zeca Baleiro, Angra, Jota Quest, Tianastácia, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Titãs, Tuatha de Danann e internacionais como exemplo o Steppenwolf em uma das 11 primeiras edições do Moto Road realizadas em Campo Grande (grande encontro de
motociclismo atualmente em Florianópolis). O Blues é representado principalmente pelos Bêbados Habilidosos e Whisky de Segunda e o Reggae é por bandas como Canaroots, Canastra e Manamã.

Um grande diferencial do Mato Grosso do Sul é a existência de um sub-gênero único no país que se chama Polca Rock, uma mistura de rock, o chamamé, a guarânia e a polca-paraguaia. As bandas Rodrigo Teixeira & Mandioca Loca e Jerry Espíndola & Croa e Filho dos Livres são grande exemplos deste estilo de rock regional.

A música sul-mato-grossense é muito rica, e não se resume em Sertanejo, Regional, Eletrônico, Rock, Blues e Reggae, no entanto não é possível falar tudo, contudo já é um começo.

Fontes:
http://www.fmb.org.br
Divulgação - Grupo Zingaro (Barretos-SP)
Divulgação - Jads & Jadson (DVD - ao vivo)
Denilson Secreta (Família Espindola)
Felipe Mesquita (Concha Acústica Helena Meireles)
Pauliane Amaral (Conha Família Espíndola)
Divulgação - Garage (impresso)
Felipe Mesquita - Filho dos Livres (UNIDERP FM)
Divulgação - Capa do CD (Jerry Espíndola & Croa - polca-rock)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Obelisco

O Obelisco é um monumento de 4,5 metros de altura, inaugurado no dia 26 de agosto de 1933 e tombado como patrimônio histórico da Capital no dia 26 de setembro de 1975. É um projeto do Engenheiro e Coronel Newtom Cavalcanti e foi construído com o objetivo homenagear o fundador da cidade, José Antônio Pereira. Localiza-se no centro da cidade, no cruzamento da Avenida Afonso Pena e a Rua José Antônio Pereira, foi escolhido este local devido ser na época o limite urbano de Campo Grande.

O monumento passou por reformas de manutenção nos anos de 1966, na administração do Prefeito Antônio Mendes Canale. Em 1986, na administração de Prefeito Juvêncio Cesar da Fonseca, novamente foi reformado, nesta segunda reforma o intuito foi de transformar o monumento em um espaço de lazer contemplativo de curta permanência. Os principais pontos da reforma foram: O fechamento do canteiro da Avenida Afonso Pena, na altura da Rua José Antônio e retirada de suas escadarias.

Devido ao grande fluxo de carros, o vereador Edil Albuquerque, no dia 24 de fevereiro de 1999, fez um pedido formalmente à Prefeitura Municipal de Campo Grande solicitando a abertura da Rua José Antônio e implantação de semáforos no local. O pedido foi aceito e atendido pela Prefeitura Municipal e o canteiro foi novamente aberto para a passagem de veículos.

No início do mês de outubro de 2007, o então atual presidente da câmara Edil Albuquerque, propôs o deslocamento do Obelisco em 10 metros, ainda na Avenida Afonso Pena, com o objetivo de melhorar o fluxo de carros no cruzamento da Rua José Antônio com a Avenida Afonso Pena. No fim do mesmo mês os membros associados do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul reprovaram, por unanimidade, o deslocamento do Obelisco.

O monumento já recebeu iluminação natalina, a fita vermelha símbolo do Dia Mundial de Combate a Aids, além da camisinha como sinal de alerta e prevenção. O obelisco é um dos monumentos mais importantes e antigo da cidade de Campo Grande, juntamente com o relógio da Rua 14 de Julho.


FONTE:
http://www.pmcg.ms.gov.br/

http://www.camara.ms.gov.br/
http://www.campograndenews.com.br/

http://www.midiamax.com/
Fotos: Felipe Mesquita